Os Lobos | en

Anos 60. A explosão Beatle assolava o mundo e guitarras respondiam de todo o canto do planeta.

Através de programas como Hoje é dia de rock e Jovem guarda e dos raros discos importados, Niterói também começava a entrar na febre das bandas de rock que tocavam com sucesso nos maiores clubes da cidade.

Os Lobos logo despontou como banda líder desse cenário. A formação original tinha Cássio Tucunduva, Antonio Quintella, Fred Luiz e Roberto Gomes e apresentava repertório eclético de covers, especialmente para bailes.

A banda encontrou o seu estilo pouco depois. O guitarrista Cássio trouxe sua irmã para cantar. Aos 14 anos, Cristina estreou nos Lobos no mesmo dia em que o compositor Dalto também entrou para a turma.

Com o sucesso, romperam as barreiras de Niterói e se apresentaram em vários locais no estado, como o Clube Metropolitano e o Hotel Quitandinha. Pelo Savoya Discos, selo de propriedade de Ed Lincoln, gravaram o primeiro compacto com duas composições de Dalto: Cabine Classe A e Funny. Para surpresa da banda, que acreditava na primeira, Funny estourou nas rádios cariocas, chegando ao primeiro lugar nas rádios Tamoio, Globo e Tupi.

Ao lado de Ivan Lins, Elis Regina, Gonzaguinha e Os Mutantes, participaram do Som Livre Exportação, histórico musical produzido pela Rede Globo no início dos anos 70. Por essa época gravaram também um segundo compacto. Com o sucesso, logo estariam lançando o primeiro LP, Miragem.

No Festival Internacional da Canção de 1972, estavam entre os dez finalistas defendendo Eu sou eu, Nicuri é o Diabo, de Raul Seixas, então um ilustre desconhecido.

Deram um tempo com a banda e só retornaram dois anos depois para gravar mais um LP. Da formação original, só Cássio e Cristina que, em pouco tempo, também estariam partindo para vôos solo.
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